12 de abr. de 2011

O quê eu sou, o quê eu gostaria de ser...

Essa semana lí tantas postagens sobre a maternidade real que fiquei pensando muito nisso.
Foi bom conhecer as realidades e também as angústias das mães que eu leio por aqui. Sabe que não sou a única pra tanta coisa e que todas as minhas "nóias" são normais.

E essa postagem coletiva veio bem a calhar num momento em que eu tenho tanto na cabeça. Num momento em que ando pensando em que papel quero ter em casa, em como anda minha vida pessoal e profissional e principalmente, o quê eu quero pro meu futuro e, consequentemente, pro futuro dos meus filhos.

Por isso, todo esse meu silêncio. Acho que desde que criei o blog esse é o maior período que fico sem postar... Esse hiáto é simplesmente porque estou tão em conflito comigo mesma que não sei o quê escrever por aqui.

A verdade é que antes de ser mãe (e de ler tudo o quê leio por aqui) tinha poucos questionamentos quanto à mãe que gostaria de ser. Sempre tive minha mãe como modelo maior e não almejava ser nada mais (ou menos) do quê ela é pra mim. Mas ai veio o Gui e com ele a vontade de fazer tudo certo.

Eu quis ter um parto normal, mas um cisto me impediu. Na época eu não imaginava o quê era uma maternidade ativa, não tinha idéia de que poderia forçar mais a barra pra tentar o parto normal, não sabia que o "poder" era meu.

Eu quis amamentar o Gui exclusivamente até os 6 meses, mas um insistente "não ganho" de peso me impediu disso. Dei fórmula desde o primeiro dia de vida dele, no copinho, com sonda, na mamadeira, de todas as mais sofridas formas e nenhuma delas impediu que meu pequeno ignorasse o peito solenemente exatamente na mesma semana em que completou a "maioridade" da amamentação.

Eu nunca pensei nas papinhas, em como eu queria fazer, com sal, sem sal, orgânica ou não. Comprei papinhas industrializadas e não tive culpa nenhuma, afinal, meu guri comia bem demais. Não dava bola pra quantidade de sódio ou pros outros conservantes. Mais por uma questão financeira que de saúde, optei pelas papinhas feitas em casa e congeladas para o fim de semana.

Não tive culpa nenhuma de deixar o meu bebê com a babá na sua primeira semana sem mim. Tudo foi uma conspiração do universo, porque "tive" que deixá-lo por motivos de força maior, mas tudo foi tão certo e a babá era muito boa.

Sofri quando todo meu "esquema" em casa deu errado e perdi no mesmo mês, empregada e babá, e resolvi colocar o Gui na escola. Depois sofri mais quando descobri a gravidez da Ciça, achando que meu pequeno ainda era muito pequeno pra perder o posto.

Um comentário:

Juliana Silveira disse...

Profundos questionamentos, hein, amiga? Ufa! Você não tá precisando de babá não, mas de uma psicóloga! Brincadeiras à parte, acho que você mesmo está se dando as respostas de que precisa. E não use os outros como parâmetros pra você, porque talvez vc não imagine como os outros tb te utilizam como (bons) parametros pra vida deles. O importante é aprender a confiar em você e escrever a sua história, assim como seus filhos vão escrever a deles. Um abração bem forte e carinhoso!

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