Vamos ver se consigo contar pra vocês como foi a nossa viagem em detalhes:
Chegamos na cidade bem no inicio do caos aéreo causado pelo vulcão, mas como já tinhamos 2 dias de hospedagem programados para a cidade, não nos preocupamos de imediato com o problema dos aviões e com a bendita nuvem.
A chegada foi de manhã bem cedo, o quê em principio nos causaria um problema de logística com o hotel, já que o check in seria só a partir das 14 horas. Mas com uma simples ligação para o hotel tudo se resolveu. Aliás, a maioria dos "probleminhas" em terras lusitanas foram resolvidos assim, com uma conversa e com o jeitinho, que acho que herdamos dos patrícios.
Lisboa é uma cidade considerada pequena, em poucos dias você consegue conhecer as principais atrações da cidade. O nosso hotel era mais perto do aeroporto que do centro histórico de Lisboa, o quê dificultou um pouco o nosso deslocamento, íamos sempre de taxi pra o centro ou outra atração turistica da cidade e por lá passeávamos a pé, sempre com o carrinho do Gui a tira-colo.
Aliás, mesmo com 2 anos, o carrinho do Gui foi essencial nessa viagem, e até virou uma diversão pra ele, sozinho subia e descia do carrinho e em momentos entediantes brincava de empurrá-lo.
Depois de nos instalarmos, fomos procurar um lugar para almoçar, o taxista nos levou direto ao Rossio, a parte baixa da cidade velha, que tem muito comércio e os restaurantes "pega turista". Almoçamos em um indicado pelo nosso guia, mas as opções de comida não foram as melhores, afinal, a alimentação em Lisboa é essencialmente, peixe, bacalhau e frutos do mar, itens que ou não tinhamos dado ao pequeno ou que oferecemos poucas vezes. Acabamos pedindo o outro prato tradicional da cidade (mas não gostoso) que é o "Bife à Cavalo" (não é esse o nome, mas esqueci agora como é) e que virou a refeição da familia para que o Guigui pudesse comer bem.
Com um mapa na mão, depois do almoço passeamos pelas ruelas tradicionais do Rossio até que a chuva nos pegou e resolvemos voltar para o Hotel.
A noite tentamos achar outro restaurante legal para jantar, mas o jet leg não nos deixou sair do hotel. Jantamos lá mesmo.
Para se viajar com criança tem que se ter em mente que o rítmo não é aquel de turista profissional, fizemos tudo no tempo do Guilherme, tanto que acordávamos tarde e na maioria dos dias saímos do hotel para passear lá pelo meio dia e o primeiro programa era sempre almoçar.
No dia seguinte fomos conhecer a Torre de Belém e o Monumento aos Descobridores mas como o frio estava muito, ficar por lá foi bem penoso para todos, principalmente para o pequeno. Porém, em momento nenhum ele reclamou. Fizemos a distância de um monumento até outro à pé (não tenho idéia de quilometragem, mas era longinho). E por eu já estar muito cansada e ser quase 6 da tarde, optamos por não entrar no Mosteiro dos Jerônimos e nem comer o famoso pastél de nata.
Mais uma vez não conseguimos sair para jantar porque o pequeno capotou depois do banho no hotel.
O dia seguinte foi dedicado ao Oceanário de Lisboa e ao Parque da EXPO 98, a única atração que eu tinha pesquisado na internet e que tinha vontade de conhecer realmente. E valeu muito a pena, o local é totalmente diferente do resto da cidade. Um programa muito legal para todas as idades e totalmente voltado para as crianças, com muito espaço e muito interessante.
Passamos a manhã no Oceanário e a tarde fomos passeando e conhendo o Parque da EXPO 98, lá tinha gramado, bicicletas para alugar, teleférico e até shopping center. Voltamos pro hotel totalmente exaustos e felizes.
Na primeira noite que saímos, fomos nos encontrar com Emilia e o Iuri, nosso amigos brasilienses que moram em terras portuguesas. Jantamos num restaurantezinho modesto mas muito gostoso ao lado da casa dela e batemos um papo legal até o cansaço baixar no lombo.
Depois de 3 dias em Lisboa tivemos a confirmação que o nosso vôo para Paris (próximo destino) tinha sido cancelado e começamos uma saga atrás de informações e possibilidades de seguir viagem. Fomos ao Aeroporto, que estava impraticável e à estação de trem, que tinha uma fila extratosférica. Ligamos para os amigos em Roma e avaliamos que o melhor a fazer seria abortar uma parte da viagem e seguir para onde tínhamos pouso garantido.
Só conseguimos passagem de avião para dois dias depois, então, fomos passear em Cintra, uma experiência das mais emocionantes para o nosso pequeno que curtiu cada momento da sua primeira viagem de trem até lá. Cintra tem Palácios para visitação além de igrejas e a própria cidadezinha. Visitamos o Palácio da Pena, desistimos do Castelo dos Mouros e almoçamos em um restaurante gostosinho no centrinho de Cintra. O Gui dormiu no carrinho, como fazia todas as tardes, enquanto nós almoçávamos e acordou pronto para a viagem de volta.
No último dia de Lisboa, voltamos ao Shopping, passeamos um pouco mais pelos pontos turisticos tradicionais e jantamos novamente com a Emilia, agora no Bairro Alto, que tem restaurantes bem mais legaizinhos que o Rossio.
Bom, depois eu volto mais com as histórias detalhadas de Roma.